Pegue um cafezinho e fique à vontade

"Você acaba de entrar no meu blog, então, pegue uma xícara de café e fique à vontade pra rir das minhas loucuras e até dar palpite sobre elas. Afinal, não sou a dona da razão completa, apenas dona da minha razão absoluta. E tudo o que vier, será pra me ajudar"
"Há dois anos quando comecei o blog, a intenção era de criar um blog de emagrecimento. Com o tempo, descobri que melhor que emagrecer é poder desabafar. Então, continuando como diário e funcionando como psicanalista. A melhor maneira de viver bem é compartilhar seus medos, seus anseios, sua vida. Prefiro postar para desconhecidos e amigos, do que para conhecidos que se dizem amigos e que agem como inimigos";

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Estresse e complicações


Bom, gente, todos sabem do tempo em que eu estava desempregada, doida a procura de uma recolocação no mercado.
Pois bem, estou trabalhando, mas como é complicada a convivência com as pessoas, meu Deus!
E imaginem como é trabalhar com várias mulheres juntas?!! Um caos.
Quando entrei na empresa, minha chefinha me passou alguns ‘relatórios’ das pessoas que lá estavam... e eu achava minha chefinha um doce de menina. Linda, parecia modelo, divertida e não demorou muito para nos tornarmos amigas.
Eu comecei por mim mesma e pela atitude das pessoas que lá estavam, montar minha própria imagem e opinião.
Tornei-me amiga de Iara, minha ‘chefe’. Foi bem divertido durante 3 meses, mas depois as coisas começaram a complicar.
Iara não me ajudava quando eu realmente precisa, talvez pela falta de experiência profissional ou pela falta de preparo emocional.
Descobri em Iara uma menina carente, daquele tipo de pessoa que se você der um pouco de atenção se agarra em você e não desgruda mais.
Como pessoa ingênua diante dos fatos da vida e acreditando na imagem que as pessoas passam, confiei em Iara, abri meu coração. Falei dos meus problemas, dos meus medos. Me sensibilizei com a história de vida dela e das dificuldades que passou, embora seja nova.
Descobri também, uma menina muito bonita, mas com um orgulho bem acentuado. Ela passava o dia inteiro no msn batendo papo com meninos que ficavam alimentando o ego dela, massageando a vaidade.
Meu trabalho não rendia, porque eu tinha que dar uma de mãe, de irmã, de chata... fazendo-a lembrar das suas responsabilidades profissionais, lembrando-a de se cuidar, de se alimentar.. enfim tentei ajudá-la de todas as formas possíveis.
Ela que me ajudou com Luciano, ela sabe da minha história com ele.
De dois meses pra cá, ela mudou de comportamento, começou a me tratar de forma estranha como que empregada. Eu era subordinada a ela sim, mas não dava o direito de ser tratada de forma grosseira.
A situação começou a ficar insustentável, eu saía da empresa com os nervos à flor da pele. Eu, além de fazer o meu trabalho, fazia parte do dela também.
Enquanto ela batia papo, eu ralava. Muitas vezes, eu tive que bater papo com os menininhos que estavam xavecando ela etc, etc.
No começo foi legal e tal, só que comecei a perceber que isto me prejudicava muito. Eu tinha meta mensal para bater e não conseguia. E tanto eu quanto ela, éramos cobradas, mas ela tinha mais contato com o dono do galinheiro, eu não.
Em momento algum durante o tempo que trabalhamos juntas houve qualquer tipo de manifestação do lado dela para me ajudar. Ela simplesmente consentia com tudo o que falavam. Muitas vezes eu tinha que motiva-la, auxilia-la como pessoa, chamar para conversar, quantas e quantas vezes dei o ombro pra ela chorar.
Ela começou a me cobrar por e-mail para os diretores, colocando-me numa situação delicadíssima. Olha que eu tinha diversos motivos pra ferra-la, mas nunca fiz.
A situação chegou a tal ponto que sai da empresa após o expediente e sentei na guia de uma das avenidas mais movimentadas da cidade e chorei feito criança.
Gente, era muita coisa acumulada dentro do peito. Em momento algum eu a maltratei ou a ferrei. Sempre guardei o que pensava e isso estava me fazendo um mal horrível.
O fim do ano chegou e eu estava com planos para mudar de emprego, pois a situação estava insustentável. E sabe quem me apoiava? As outras das quais ela me falou muito mal.
Acontece que eu não tinha sido a primeira pessoa que teve problemas com ela na empresa e tinha argumentos de sobra para me defender, só que para fazer isso, eu teria que abrir a boca e piar feito sabiá.
Nunca, jamais eu faria algo que a prejudicasse, sou do tipo que mais fala do que faz. Acho que isso não me acrescentaria nada e muito pelo contrário, eu me daria mal no futuro.
Infelizmente misturaram-se as estações e amizade e profissionalismo juntos, não dão muito certo quando não são dosados.
No fim das contas, mudei de equipe e ela ficou sozinha.
Minha mãe costuma dizer que, por ela ser bonita e saber disso, ela cativa as pessoas, traz para si e depois que conhece os pontos fracos, pisa.
Não quero pensar nisso, por que por incrível que pareça e nem quero ser puritana ou Madre Tereza, eu ainda sinto um carinho pela menina cheia de problemas que ela é.