Pegue um cafezinho e fique à vontade

"Você acaba de entrar no meu blog, então, pegue uma xícara de café e fique à vontade pra rir das minhas loucuras e até dar palpite sobre elas. Afinal, não sou a dona da razão completa, apenas dona da minha razão absoluta. E tudo o que vier, será pra me ajudar"
"Há dois anos quando comecei o blog, a intenção era de criar um blog de emagrecimento. Com o tempo, descobri que melhor que emagrecer é poder desabafar. Então, continuando como diário e funcionando como psicanalista. A melhor maneira de viver bem é compartilhar seus medos, seus anseios, sua vida. Prefiro postar para desconhecidos e amigos, do que para conhecidos que se dizem amigos e que agem como inimigos";

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Decifrando amizade – Parte XII – A viagem




Dia da viagem, tudo organizado.
Antes de viajar, fomos à missa de sétimo dia de falecimento da avó dela.
Após a missa, entramos no carro e passamos na casa dela para pegar o que faltava, foi então, que eu pedi uma blusa emprestada, pois estava com frio.
Saímos rumo ao sitio, antes disso, passamos no supermercado para comprar algumas coisas que estavam em falta lá.
Sei que, fomos ao supermercado por volta das 22hs, e a meia noite chegamos no tal sítio.
Eu já estava espirrando e a garganta arranhava, sentia que ficaria doente.
E estava com fome, pois tinha comido às 15hs e já eram 0hs e nada no estomago.
Chegamos, fui apresentada aos donos da casa e em seguida fomos dormir.
Acomodaram-me num sofá cama perto de uma janela, Alice estava em outro ao lado.
Como era fevereiro e o calor era de ‘matar’, não levei cobertor, levei apenas dois lençóis. Só que a madrugada avançou e eu acordei tremendo de frio. Então, como eu não tinha cobertor, abri minha mala de viagem e peguei minha toalha de banho para me cobrir.
Na manhã seguinte, acordei com o barulho da criançada e uma forte dor de cabeça. Tentei conversar, mas estava com a garganta tapada. Minha dor de cabeça era falta de alimento e a de garganta e febre eram da gripe...
Tomei café da manhã um pouco sem jeito, pois havia pessoas que eu não conhecia. Além do que, eu não tinha o mínimo de intimidade.
Depois do café, nem tentei me intrometer nos assuntos de cozinha, pois tinham muitas mulheres (mães) e elas saberiam o que fazer.
Eu continuava a me sentir mal. Foi quando descobri que o sofá cama que eu tinha dormido estava embaixo de uma janela e que a janela tinha ficado aberta a noite toda.
Que maravilha!!! A friagem da madrugada todinha em cima de mim. O que contribuiu para a gripe avançar.
Fiquei conversando um pouco com Alice. Aí ela saiu, foi conversar com as outras pessoas. Eu fiquei quieta sentada na varanda.
O tempo não estava bom, estava nublado...
Depois de uma hora mais ou menos o sol apareceu e Alice me convidou para entrar na piscina. Ok. Mesmo gripada, resolvi entrar, pois sentia que a febre tinha cessado.
Fiquei um pouco na piscina, não muito porque não sei nadar e ficar na beirinha é o Ó.
Eu fiquei quieta ainda na piscina, apenas vendo a bagunça da galera. Não iria me arriscar a brincar como eles...
Depois de um tempo, resolvi sair.
Peguei um livro que estava lendo e fui para o fundo da casa onde havia redes. E lá fiquei. Depois de um tempo, a cunhada de Alice (um doce de pessoa), veio me perguntar porque estava quieta, então, eu disse que estava lendo e que estava um pouco gripada. Ela, docilmente falou que o almoço estava pronto, e se eu queria que ela me levasse. Eu agradeci, dizendo que sim.
Foi, então, que alguém sentou ao meu lado e eu comi alguma coisa.
A tarde caiu e o pessoal conversando e tal... foi quando eu resolvi sentar na beira da piscina com uma mocinha quieta que estava lá, e foi ai que tive companhia para conversar.
A noite chegou e nem lembro o que foi servido no jantar... as crianças foram assistir filme na TV, e os adultos jogar UNO.
Eu estava muito cansada fisicamente por causa da gripe, uma moleza. Aí perguntaram para Alice o que eu tinha, ela disse que eu estava gripada.
Enquanto a turma jogava e bebia, eu ficava sentada só observando.
O dono da casa foi dormir, pois não estava muito bem do estomago e a esposa o acompanhou.
O quarto deles ficava bem perto onde a turma jogava e Alice tem uma voz muito alta. Ela berrava com seus comentários desnecessários.
E xingava (o filho do patrão do irmão dela) de anta, de besta, de retardado.
Eu só olhava, desacreditando.
Na minha cabeça, isso é ser muito sem noção. Não é porque ela já havia viajado com eles uma vez que, ‘teria’ tanta ‘liberdade’ pra xingar o menino assim, mesmo que na brincadeira.
Aliás, as brincadeiras dela sempre foram assim.

Fui tomar banho e sentei na varando, observando-os.
Meu Deus como essa mulher fala alto, ainda na casa dos outros, berrava!!
Até que, a mulher do dono da casa fechou a janela do quarto, e mesmo assim, a gralha não parou.

Até aquele momento, eu tinha certeza absoluta de que me acharam a pessoa mais chata do mundo, mas eu não estava nem aí. Aliás, eu nem sabia o que eu tinha ido fazer ali.
Das poucas vezes que falei com Alice no fim de semana, comentei que não entendia o motivo de ter ficado doente. Ela respondeu: “Quem manda ajudar amiga a lavar quintal o dia todo?”.
Foi aí que a anta aqui se tocou, que o motivo da doença, foi agir com bondade.


Continua...