Decifrando amizade – Parte I – Como tudo começou.

Vou contar o que me aflige, minha amiga Alice, eu juro que não sei o que pensar. Já pedi tanto auxilio para Deus, tanta ajuda pro meu anjo da guarda, já pedi conselho para três pessoas e juro que não cheguei a conclusão alguma. Vamos ver o que vocês podem me ajudar, ou sei lá, o simples fato de desabafar já faz com que esse peso me alivie um pouco.

Eu nem sei como resumir isso aqui para não ficar cansativo, mas vou tentar.
Estudei com Alice na 4ª, 5ª, 7ª série, nunca fomos amigas, amigas... de trocar confidencias nem nada, apenas estudamos na mesma sala e raramente fazíamos trabalhos juntas. Lembro-me, que apenas na 7ª série fizemos um trabalho em grupo, mas enfim... eu era da turma quietinha e Alice dos populares do colégio. No colegial nada mudou, só não estudávamos na mesma sala, e apenas nos cumprimentávamos com OI e mais nada.
Em 2005 nos encontramos no orkut e foi aquela festa, relembrando os tempos de menina. Afinal, não tínhamos raiva uma da outra. Em 2006, Alice apareceu do nada em minha casa, foi legal e tal, nada demais. Ela viu que estava magra e eu contei o segredo dos remédios para emagrecer. Como estava próxima a formatura dela, perguntou se poderia indicar a médica, não só indiquei, como fui com ela à consulta.
Ok, até aí nada demais. Fomos conversando esporadicamente. Eu andava deprimida, desanimada, desemprego, depressão e tudo aquilo que vcs já sabem pq postei no blog. Então, ela me convidou para visitar um centro espírita que tinha ido algum tempo, mas parou de ir por causa da faculdade. Fiquei interessada, afinal eu lia muitos livros da Zibia Gasparetto e sempre me fascinava, mas morria de medo rs. Um dia a convite dela, eu fui, ela passou em casa e me levou.
Comecei a freqüentar e toda sexta-feira, lá estava eu para fazer meu tratamento. Lembro-me, que na época, eu nem falava com minha mãe, estava um ano sem falar com ela, imagina morando na mesma casa? Aos poucos, fui entendendo que aquilo não me levaria a nada.
Bom, eu já tinha engordado tudo de novo por causa da depressão e tal, só tinha uma única calça jeans para usar, um tênis velho que o solado nem dava mais e as velhas camisetas para esconder a barriga. Camisetas essas, que a manga ia até o cotovelo, imagina o tamanho né, mas era o jeito de esconder a barriga. A minha única calça stretch (é assim que escreve? rs) estava rasgando no meio das coxas... por causa das banhas, e era stretch 44... para quem usava 38, uma grande diferença...
A sexta-feira para mim, era um momento mágico, eu finalmente conseguia sair de casa, meu Deus que glória.
E seguiram se os meses... toda sexta estávamos lá.
Alice começou a colar em mim de uma forma que (começou) a me incomodar. E pensava com meus botões “acho que ela está como a mim, sem amigos. Pq não é possível tanto grude”, pq na verdade não tínhamos intimidade pra isso. Mas, preferi não falar nada, fiquei condoída.
Alice começa a me agradar, sempre me dava uma coisinha. Eu ficava feliz, agradecia. Não sei se é pq ela me via sempre com a mesma calça que veio com um papo, de que tinha algumas calças que não serviam mais e se eu aceitaria, caso contrário ela daria para caridade do centro espírita. Eu, claro, aceitei. Nunca fui fresca pra roupa mesmo. E também, estava numa posição que não poderia recusar, não tinha dinheiro para comprar.
Bom, ganhei as calças, mas detalhe, 44 jeans não servia, deixei-as guardadas para um dia usar.
O fato de tentar colocar uma roupa e não entrar e sair de casa sempre de camisetão começou a me incomodar.
E como ela também estava com o mesmo peso, comecei a conversar a respeito. Notei o interesse dela e tal. Então, comecei a tomar o tal do chá 30 ervas, e dividia com ela. Afinal, ia de carona pro centro espírita e achei que seria uma forma de ajuda-la a emagrecer tb. Ela me deu algumas dicas com relação ao organismo, pq estudou o corpo humano e tal. E eu tinha alguém para trocar idéia sobre o assunto.
Eu conversava muito com as meninas do orkut e foi assim, que descobri os blogs de emagrecimento e desabafo.
Comentei com ela, que achou legal e tal.
Fiz o meu primeiro blog. Toda entusiasmada fui e mostrei meu blog, cheirando a coisa nova... humm toda feliz. Ela leu os 3 primeiros posts falou que era legal e tal, mas que não teria coragem. Como ela era a única pessoa com quem eu conversava mais ( e que pensava que queria emagrecer ), era com ela que eu falava e todos os remédios, de como iria conseguir, de todos os chás, de todas as dietas e tal. Simplesmente ela disse que ia contar tudo para a minha mãe pq eu estava (ficando) anorexica. Isso, só pq eu falei que não comia mais pão, só a casca, que só evitava muita coisa, mas não estava doente, estava com vontade de emagrecer e voltar a viver como antes. Eu não tinha dinheiro pra comprar roupa, estava com o cabelo estragado pq não tinha nem dinheiro para cortar, imagina hidratar etc etc, não tinha ninguém a fim de mim, vivia enfiada dentro de casa, desempregada... só achei que emagrecer me daria auto estima, eu poderia entrar nas minhas roupas antigas e poder comparecer numa entrevista decentemente. Enfim, quando ela falou que ia contar pra minha mãe (eu com quase 30 anos aff), eu deletei o blog, e fiz esse, com outro endereço.

Continua...

Cólera na alma.

Estou de volta, após um período de recolhimento pessoal e espiritual.
Nem sei o que vou postar hoje... não faço a mínima idéia, mas pelo menos vim pra dizer que para alegria de alguns e tristeza de outros, estou ou continuo viva!
Eu andei pensando em tanta coisa ultimamente, e me deparei com alguns conflitos de idéias e atitudes que eu deveria tomar.
Não sei se é de conhecimento de todos, mas há dois anos freqüento a doutrina espírita kardecista cristã e não só freqüento como estudo também, pois descobri que tenho mediunidade e não sabia como lidar com a mesma.
Com o estudo da doutrina e toda explicação científica e espiritual que recebo, vejo o quanto somos pequenos diante das grandezas da nossa criação e do nosso Criador.
Entro num conflito, por que descobri que não adianta querer mudar as pessoas e esperar que elas façam o que esperamos ou que queremos, pois isso nada mais é do que egocentrismo e egoísmo. O certo é mudarmos a nossa postura diante dos fatos que a própria vida nos dá.
Parei de reclamar da minha ‘sorte’ porque sorte não existe e parei de blasfemar e criticar Deus por todos os problemas que tenho.
Descobri que os problemas que tenho, nada mais são do que exercícios propostos por um Pai que nos ama profundamente ao qual nos deixa com o livre arbítrio para fazermos o que quisermos e nos dá a oportunidade de aprender com tudo aquilo que fazemos e com aquilo que deixamos de fazer. E que esses problemas, são fontes da nossa evolução individual e que nada foi dado por Deus, mas nós que atraímos de acordo com tudo o que escolhemos. Oras, afinal toda ação tem uma reação.
E meus conflitos ficam em fazer o que minha cólera quer, aquilo que o diabinho sobra nos nossos ouvidos para fazermos na hora da raiva e que não posso negar, dará uma sensação de prazer imenso, uma satisfação muito próxima ao prazer sexual, porque se torna um alívio para a alma que está pesada. Mas ao mesmo tempo, o anjinho diz que essa sensação de prazer será momentânea e a partir do momento que eu faço algo, por exemplo, para dar o troco nada mais será do que fazer o mesmo que a pessoa fez e que na verdade, eu querendo ser superior, vou colocar na mesma posição que a pessoa. E tudo, absolutamente tudo feito com a tendência do momento pode causar danos irreversíveis.
E do outro lado tem o anjinho falando para eu tentar mudar a mim mesma ao invés de tentar mudar as pessoas, e parar de esperar como uma menina mimada tudo do jeito que eu quero. E amadurecer, entender que por mais que eu queira ou espere algo, se não for do meu merecimento, não adianta bater o pé, não adianta fazer bico, a vida não vai me dar.
Sabe, pra falar a verdade, eu vou abrir o jogo e deixar minha cólera em palavras aqui postadas... eu estou imensamente decepcionada com uma ‘amiga’, e cara, é foda esse conflito.
Eu tenho vontade de falar toda a verdade que durante muito tempo não vi e só com as ultimas decepções que o véu caiu dos meus olhos... mas, por outro lado não posso cobrar das pessoas o que elas não têm pra me dar... e no caso dela, A AMIZADE!De alguns tempos pra cá, essa foi a maior decepção sabe, acho que o fato de perder o emprego não me deixou tão ‘imputecida’ e tão chateada como o que anda acontecendo... Não quero alongar muito o post e no próximo eu tenho que colocar tudo, senão eu morro de câncer por guardar mágoas, então... ufa... vou vomitar tudo aqui e me sentir mais leve.

Que não só meu nome seja Vitória, mas que minha vida seja repleta dela.

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