Pegue um cafezinho e fique à vontade

"Você acaba de entrar no meu blog, então, pegue uma xícara de café e fique à vontade pra rir das minhas loucuras e até dar palpite sobre elas. Afinal, não sou a dona da razão completa, apenas dona da minha razão absoluta. E tudo o que vier, será pra me ajudar"
"Há dois anos quando comecei o blog, a intenção era de criar um blog de emagrecimento. Com o tempo, descobri que melhor que emagrecer é poder desabafar. Então, continuando como diário e funcionando como psicanalista. A melhor maneira de viver bem é compartilhar seus medos, seus anseios, sua vida. Prefiro postar para desconhecidos e amigos, do que para conhecidos que se dizem amigos e que agem como inimigos";

sábado, 16 de janeiro de 2010

Decifrando amizade - Parte XIV - Conhecendo doutrinas e desconhecendo pessoas




Alice continuava a amizade com a amiga sonolenta da balada e com outras pessoas, passei a não fazer parte mais do circulo social dela... afinal, estava desempregada né?
Como tinha sido da primeira vez, agora a história se repetia.

Alice comentou de um centro espírita que tinha conhecido com uma amiga e perguntou se eu queria ir, pq eles faziam revelações na hora e tal. Eu disse que sim, pois achava que precisava ouvir alguma coisa que me impulsionasse ou me afundava direto.
Numa tarde, por volta das 18hs recebo um torpedo: “18:20 vamos pra lá, ta afim?”. Nem preciso dizer que ela não queria que eu fosse né? Se manda um torpedo as 18 hs falando q 18h20 iria, é pra não dar tempo pra se arrumar, mas liguei e mesmo triste com o pouco caso dela, resolvi falar que iria, pois ainda pensava que EU estava julgando-a .
Corri, tomei banho, me arrumei com a blusa que ela me deu de niver e ela passou e me pegou. Passamos na casa de Rose e Paula, a amiga sonolenta. E fomos, rumo a casa espírita.
Paula comentou sobre ela mandar torpedo e no meio do papo, Alice solta: “Ah, foi na hora mesmo, aí mandei torpedo pra Rose e pra Vi (eu, Vitória), senão ela iria ficar com raiva”.
Cara, eu fiquei sem ação. Que merda, menina, senão queria que eu fosse pq chamou? Vai tomar no copo!! Afff... era tudo o que eu queria falar pra ela. Mas, me calei.

Chegando na casa, fomos muito bem recebidas e nos sentamos, aguardando o início.
Havia uma mesa no centro da ampla sala, onde sentaram-se alguns médiuns.
Um senhor muito distinto apresentou a doutrina, Divinismo, e todos os fatos e os conceitos que pregam e tal. Muito interessante na minha opinião.
Depois da apresentação começaram a perguntar quem estava lá pela primeira vez, e aos poucos cada pessoa que estava presente pela primeira vez, ia até a mesa, colocava as mãos sob os ombros dos médiuns e recebia orientações, tais como, broncas, conselhos, ensinamentos.
Pra mim, isso não era de se assustar, pois estudo o espiritismo, porém a novidade era receber a bronca de algo que a pessoa fez ou faz na frente de todos, mais ou menos 50 pessoas.
Eu freqüento o kardecismo, então, não recebo broncas ou qualquer revelação, recebo orientações sobre o que posso trabalhar pra melhorar, tratando-se de sentimentos ou atitudes minhas.
Mas, voltando...

Chegou a minha vez... as pernas começaram a tremer...
Com as outras pessoas, foi uma de cada vez, mas na minha vez... fomos em três, Paula, Rose e eu.
Fomos em direção à mesa dos médiuns... coloquei a mão no ombro esquerdo de uma médium e o direito no ombro da outra
A que eu coloquei a mão direita.... ela não me viu, pois estava com o olho fechado o tempo todo. Então, eles perguntaram o nome e pq estava ali...
Respondi que estava ali pra conhecer a doutrina...
Ouviram as três e pediram para que fechássemos os olhos e pensássemos em Deus e conversássemos com o anjo da guarda.
Senti minhas pernas começarem a ficar moles, tremendo.
Os médiuns da mesa e os de fora dela começaram a falar
Logo em seguida, começaram as revelações, orientações e assim por diante...
Falaram o que Rose e Paula foram em outras encarnações, tudo muito lindo.

Então, uma médium que não estava na mesa falou:
“-Essa moça do meio. Sim, você”.
Gelei.
“-Você é vidente né?”
“-Errr, hã.. ah, não sei”
“-Você é sim, só que você não acredita”
“-Ah, eu sinto algumas coisas, mas não sei direito”

“-Você tem uma vidência muito forte, sim. Trabalha com ela, acredita nela, que você é muito iluminada”. "Vc terá uma história muito linda ainda, e vai trabalhar com crianças”
“-Ta...”
A voz nem saía...
Continuaram falando das meninas...

De repente... a médium, em que estava minha mão direita sob o ombro pediu para os médiuns da mesa darem as mãos, para se unirem que ela tinha msg e com olhos fechados começou a mexer esse ombro e falou:
“-Essa daqui”
Meu Deus, vou ter um treco agora. Pensei.
“-Essa daqui, desse lado. Você é muito bonita, tem um rapaz e ele não quer sair do seu lado. Ele não quer ir embora. Ele gosta muito de você e não vai embora porque acha muito bonita”.

Eu tremia, me bateu uma vontade de chorar, mas consegui me controlar.

Depois de uma hora, tudo acabou, nos despedimos das pessoas, recebi um livro com dedicatória, tudo muito acolhedor.

Saímos da casa, caladas!!!
Entramos no carro e resolvemos ir num lugar pra comer.

Aí, Alice (como sempre) quebra o silêncio:
“-E aí, o que acharam?”
Cada uma falou da sua impressão sobre tudo. Eu me reservei a não falar muito. E pensava:
PQP tinha que falar que o cara ta achar de mim pq sou bonita??? Agora que ela vai me encher o saco. Não agüento mais isso.

De repente, me deu um insight, na verdade era mais um estalo mesmo: O rapaz moreno lindo que eu via não era meu anjo da guarda, mas sim esse cara que falaram.

Eu estava sentada atrás de Alice no carro e gritei:
“-Lembra do cara que te falei??????? Do cara que eu via e não me falava nada, só me olhava e eu achava que era meu mentor espiritual?”
“-Lembro”
“-Caramba, ele não era meu mentor, era um obsessor!!!!”


As outras meninas não entendendo nada ficaram olhando, então, expliquei a história. Quando terminei, Alice solta essa:
“Hahahaha se fudeu! Ainda bem que sou gorda e feia, assim não tenho esses problemas”.

Ahhhhh, gente... pqp vai... A menina sabia de vários relacionamentos que eu tentava e nunca dava certo, sabia dos empregos que perdia, dos problemas que tinha em casa e me solta uma pérola dessa???

Eu fiquei tão passada que mais uma vez deixei passar. E foram duas numa única noite:
1- Chamei a Vi pra ela não ficar com raiva.
(não chamasse né...)
2- Hahaha se fudeu!
(que porra de amiga é essa que tira uma dos problemas alheios?)


Sei que depois desse dia, a imagem dela na minha cabeça começou a ficar sem cor.
Poxa, se eu emagreci, foi porque me emprenhei nisso. Porque eu não tinha grana pra sair pra comer e economizava moedas pra comprar remédio. Pq muitas noites fui dormir com fome e as lágrimas corriam, mas eu sabia que era para o meu bem e que só eu poderia sair disso. E ela nem pode reclamar, afinal de contas, eu dividi remédios com ela, e ela deixou estragar.
Se eu emagreci e os meninos quiseram ficar comigo e não com ela, mesmo ela sendo a mais engraçada, mais querida, mais amiga... EU NÃO TENHO CULPA!!!
Eu jamais, nas minhas saídas, deixei-a de lado, muito pelo contrário, quando saía com o irmão dela, com o Gustavo ou com Luciano, ela fazia parte, pq ela era minha amiga. E eu sei que amizade é muito maior que qualquer relacionamento amoroso, pois amores vão, amigos ficam.
Jamais a desprezei, falei mal, ofendi, fui irônica, sarcástica ou qualquer coisa com ela. Sempre me reservei a ficar quieta e respeitar as opiniões e atitudes delas. Atitudes essas, que muitas vezes me magoaram, mas jamais reclamei ou a diminui na frente dos outros.
Agora, ela rir da minha situação, doeu viu... e como doeu. O que eu precisava no momento não era alguém tripudiando em cima dos meus problemas, mas sim me auxiliando, coisa que amiga faz, mas não recebi isso dela.
A amizade foi ficando ser cor...

domingo, 3 de janeiro de 2010

Decifrando amizade - Parte XIII – O Aniversário.



Após a viagem, voltamos pra casa e eu falei para Alice me passar o valor dos gastos para que eu acertasse minha parte. Que foi o que combinamos. Ela disse que tudo bem.
Passaram-se os dias e eu perguntava o valor, ela desconversava.
Chegou o dia do meu aniversário, e eu sinceramente não sou muito fã dessas datas comemorativas.
As 19 horas, a campainha tocou, eu estava tomando banho.
Minha mãe atendeu, era Alice com um bolo, refrigerantes e uma torta.
Terminei o banho, saí do banheiro com cara de poucos amigos. Desde o passeio no carnaval não estava muito pra papo com a dona Alice.
Depois do carnaval, ao dar uma carona para um casal de amigos, um dos nossos assuntos era o auxílio ao próximo. E de repente, Alice bate a mão no volante e diz: “eu estou cansada de ajudar todo muito e só me ferrar. Que saber? Eu faço as coisas esperando retorno sim! Mas, só me ferro. Cansei de ser boazinha”
Nessa mesma hora, eu no banco do carona, fiquei muda. Eu não tinha palavras para aquele comentário tão infeliz.
Meu mundo caiu ao pensar em tudo o que ela tinha feito por mim, era a espera de um retorno, de uma retribuição. Fiquei totalmente sem ação. Pensei comigo: Cara, como é que vou retribuir o que ela me fez??? To ferrada!
A partir daquele dia e depois de ouvir ela falando mal de uma amiga que gostava dela, eu não a vi com os mesmos olhos. Parece que uma venda caiu.
Tudo o que ela falava, mentalmente eu questionava: “Será que isso é verdade?”.
Após tudo isso, veio meu aniversário e ela faz isso: Bolo, refri, torta, presente e aquela ‘festa’ que eu não sabia se era feito de coração, ou se fazia isso pra que algum momento em algum dia tudo fosse retribuído numa bandeja de ouro.
Então, fiquei com cara de cu sim senhora! Mas, agradeci, falando que não precisava e que era injusto ela fazer aquilo se estava desemprega e não tendo aceitado a minha parte do dinheiro da viagem.
Porém, como era dia do niver, o telefone tocando e muita gente desejando tudo de bom e todos os clichês. O telefone ficava no meu quarto, e eu atendia as pessoas.
Enfim, Alice não convidou nenhum dos amigos que temos em comum, fez o que fez e ainda se achou no direito de sair falando (vide próximos posts).

Sinceramente, o que era verdadeiro ou não?
O que fazemos por amor ao próximo ou pra manter uma amizade e um falso companheirismo? Eu não sei, mais da parte dela, comecei a desconfiar de tudo.

Sendo breve em relação a essa história, infelizmente, real da minha vida. Não estou mais com tanta paciência para publicar os fatos da dona Alice... porém preciso fechar essa história, que nem sei se terá um fim, pois a cada dia descubro algo a mais... Vou apenas relatar a “expulsão do carro”, “Deus por perto”, “A descoberta” , “Amigo oculto/secreto” e “Reveillon cara de pau”.

Lembrando que, uso o diário com fatos totalmente verídicos para que eu desabafe e conte o que se passa na minha cabeça. Essa história daria um filme...
Beijos
Brid
=]
FELIZ 2010 A TODOS COM MUITA PAZ, MUITO AMOR E AMIZADES VERDADEIRAS!