Pegue um cafezinho e fique à vontade

"Você acaba de entrar no meu blog, então, pegue uma xícara de café e fique à vontade pra rir das minhas loucuras e até dar palpite sobre elas. Afinal, não sou a dona da razão completa, apenas dona da minha razão absoluta. E tudo o que vier, será pra me ajudar"
"Há dois anos quando comecei o blog, a intenção era de criar um blog de emagrecimento. Com o tempo, descobri que melhor que emagrecer é poder desabafar. Então, continuando como diário e funcionando como psicanalista. A melhor maneira de viver bem é compartilhar seus medos, seus anseios, sua vida. Prefiro postar para desconhecidos e amigos, do que para conhecidos que se dizem amigos e que agem como inimigos";

terça-feira, 11 de maio de 2010

Decifrando amizade - Parte XXI - Reveillon cara de pau?




Estou feliz: Ano Novo. Vida nova! Cara, que 2010 seja ‘O ANO’ pra mim! Que tudo aconteça de melhor e de acordo com o meu merecimento.
Esses são meus pensamentos quando o celular avisa: ‘nova mensagem’. Vou ver, e para a minha surpresa era mensagem da Paula, desejando um feliz 2010 e informando que estava na casa da amiga Rosa e que a dona Alice aparece com a maior cara de pau para desejar o blá blá blá de ano novo e ficar por lá.
Ah, eu não agüentei e fui tirar sarro da Paula. Liguei e ficamos conversando, eu rindo da cara dela por ter que aturar Alice até no reveillon. Afinal, estávamos de boca aberta com a situação.
Achei estranho ela, Alice, não estar no cruzeiro que ela tanto falou que iria ao final do ano. E os risos e as gargalhadas quando em 2009 ela perdeu duas pessoas importantes em sua vida.
Mas, cada um reage de uma forma e quero um dia, pensar parecido, seguir a vida sem pensar em quem partiu, no luto da minha mãe ou em qualquer coisa. Pensar em mim, em viajar com amigos, em encher a cara de bebida e rir feito doida. Só que infelizmente ou felizmente, sei lá, eu ainda penso nos sentimentos dos outros e me envolvo.

Hoje não acho tanta graça, mas no dia eu dei risada da Paula e do acontecido. Até ela riu.
De todos os planos e ações mirabolantes da Alice.
Se ela largou a amizade da Paula e não fez questão da minha, por quê ela foi justamente pra casa da amiga da Paula? Pra pirraçar? Pra ver a reação da Paula? Ou por que realmente não tinha amigos naquele momento?
Não sei, e hoje nem quero pensar.

Que foi cara de pau, foi... rs
Eu não teria coragem de ir passar o reveilon na casa da amiga de uma pessoa que não tenho mais amizade. Pensaria no clima que ficaria e em todo o contexto, mas nem todo mundo pensa como eu, tentando evitar situações chatas...
Tenho que aprender a ser egoista em pensar em mim... É... talvez!

Enfim...

Mágoas passadas, coração curado...
A vida segue seu rumo.
Agora leve e tranqüila... não achando mais que a culpa foi minha, tirei um peso das costas. Analisei mil vezes a situação como um todo e todos os envolvidos, cheguei a conclusão de que às vezes as coisas acontecem para o nosso bem, para nosso aprendizado e, sendo assim, para nossa evolução.
Com esse caso aprendi tanta coisa que eu não tinha parado pra pensar, às vezes demoramos para enxergar os benefícios com o fim de um relacionamento, seja ele pessoal, profissional ou até mesmo espiritual. Mas isso fica para o ultimo post sobre amizade. Porque até eu já estou de saco cheio disso aqui hahahaha, preciso postar outras coisas né gente.

Beijos da Vitória, mais uma dentre tantas Bridget Jones perdidas no mundo, atrapalhada, mas sempre buscando um amor, uma amizade e passando por vários perrengues pra tentar ‘se dar bem’ em alguma situação, mesmo dando tudo errado e rindo depois...
Porque depois que passa... observamos que foi um pingo d’água e não a tempestade que nos mesmos, talvez(sim ou não), criamos.

=)

sábado, 8 de maio de 2010

Decifrando amizade - Parte XX - Amigo secreto/oculto



Com o coração e a alma mais leve segui a minha vida. Minha vida cheia de altos e baixos.
Comecei a repensar algumas coisas e como vi que nada fluía, que não estava adiantando tentar a cada dia ser uma boa pessoa, estudar e tentar me equilibrar porque as coisas não aconteciam... que pensei em desistir do curso.

Falei com Tereza que não gostou nada da idéia, e quando falei para a professora que ia me afastar, que se desse, voltaria em 2010.

Na hora a professora falou pra eu não dizer bobagem e pegar um papelzinho com o nome do amigo secreto. Eu era a quarta pessoa, de 60 alunos, fui a quarta a tirar o papelzinho.
Preciso dizer pra vocês quem eu tirei?
Claro que não, né. Mas, como sou teimosa vou dizer: Tirei Alice!!!

Na hora, olhei para o teto como olhando para o céu e falei em pensamento: Meu Deus, o que o Senhor quer comigo? Por que no meio de 60 alunos, peguei justamente ela??? O que o Senhor quer me ensinar?
Suspirei fundo resignada e falei: Ta bom, tem algo que não aprendi e que tenho que aprender né?

Ai meu, um monte de coisa passou pela minha cabeça, não acredito em acasos, e não era por acaso que eu tinha que passar por essa.

Após alguns dias, liguei pra Paula e acabei contando o que aconteceu. Ela riu e disse que teria trocado, mas eu fui tão resignada que aceitei.

Eu já estava com o discurso na ponta de língua. Tereza perguntou o que eu iria falar, eu respondi “me aguarde!”. Ela falou “Minha irmã não faça nada que possa se arrepender depois”.

Enfim, o dia chegou, não adiantava fugir. Quando fui ao centro da sala e comecei a falar, Alice abaixou a cabeça. Segundo Tereza, quando eu comecei a falar, ela (Alice) arregalou os olhos, olhou pra Tereza, como que desacreditando.
Eu pensei em falar coisas desconexas, mas na hora, acredito que meu mentor me iluminou e não disse nada ao contrário do que eu sentia. Disse, que era uma pessoa que está na minha vida há anos e que eu agradecia muito por tudo o que fez por mim.
Ah, gente, sinceramente nem quis dar uma de boazinha nem nada, mas falei de coração agradecendo a época que ela me ajudou. Ninguém precisava saber do que aconteceu.
Todos aplaudiram, ela me abraçou chorou, e a professora e a assistente ficaram emocionadas, pois sabiam do nosso afastamento.
Após as entregas de presentes, comprei flores e uma blusa, fui até ela dizer que se não servisse, poderia me dar que eu trocava.
A abracei e falei: “Nada é por acaso!”
Como ela chorou e pedia desculpa pelo que fez, que eu não a abandonasse.
Tiramos fotos juntas.
A assistente da professora falou que estava muito orgulhosa de mim, que foi muito bonito o que eu fiz.

Fiquei feliz por não ter agido de outra forma, e agradeci a Deus pela oportunidade de aprender a ser humilde e aceitar as pessoas, como elas são.

Naquele dia, a mágoa secou e a vida seguiu.

A história a seguir é de Mariana, mas vou colocar como a história de Vitória..rs


beijos

Brid/Vitória


Deixe a raiva secar

Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas. No dia seguinte, Julia sua amiguinha, veio bem cedo convida-la para brincar.

Mariana não podia porque ia sair com sua mãe naquela manha. Julia, então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.

Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme pôr aquele brinquedo tão especial.

Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.

Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: Esta vendo, mamãe, o que a Julia fez comigo?

Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão. Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Julia pedir explicações. Mas a mamãe, com muito carinho, ponderou:

- Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa?

Ao chegar a sua casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou.

Você lembra do que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar. Pois e, minha filha! Com a raiva e a mesma coisa.

Deixa a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo. Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu ir para a sala ver televisão.

Logo depois alguém tocou a campainha. Era Julia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:

- Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atras da gente?

Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Ai ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.

Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim.

Não foi minha culpa.

Não tem problema, disse Mariana, minha raiva ja secou. E, tomando a sua coleguinha pela mão, levou-a para o quarto para contar historia do vestido novo que havia sujado de barro.


Discussões no dia-a-dia, nos relacionamentos e no trabalho podem levar as pessoas a ter sentimentos de raiva. Segure seus ímpetos, deixe o barro secar para somente depois limpa-lo. Assim você não corre o risco de cometer injustiças.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Decifrando amizade – Parte XIX – A descoberta





Depois de tudo o que aconteceu, resolvi ficar quieta e tentar amenizar a mágoa, seguindo minha vida.


No dia do niver dela, recebo um torpedo assim: Oie, vamos comer pizza na casa do meu irmão, end tal tal, traga a cerveja.
Eu nem respondi, que mala direta. E eu nem bebo mais. Não vou perder meu tempo com mail, torpedo ou qq coisa de mala direta.
Mandei um recado no orkut que até hj não recebi um ‘obrigada’, mas enfim.

Um dia tarde da noite na net, eis que vejo Paula On Line. Fui conversar com ela.
Conversa vai, conversa vem, contei pra ela que continuava o curso, mas que chegava mais tarde em casa. Foi quando, ela questionou se eu não ia pra casa com Alice. Eu disse que não e contei a história da expulsão do carro e outras alfinetas e casos que já abordei aqui.
Ana ficou abismada com o fato de Alice ter ido viajar uma semana após a morte da avó, deixando a mãe sozinha em casa.
Que eu fiquei doente na viajem por ter ajudado a lavar quintal.
Que a irmã de Alice se separou.

Aí, eu soube que Alice alfinetava Paula, chamando a de estranha somente pelo fato dela não conhecer algum lugar que Alice já conhecia, e ouvia: Que mundo vc vive? Vc é estranha hein.
Igualzinho comigo. E isso, na frente dos amigos.
Para Ana, a amizade de Alice com Gustavo, o cara que eu fiquei durante quatro meses era puro interesse, porque a família tinha dinheiro.
E da mesma forma que Alice foi na casa de Tereza desabafar sobre mim, ela foi na casa de Rosa, falar sobre Paula.
Até parece coisa premeditada, ou eu sou louca né?

Sei que o papo rolou madrugada adentro, tive que me despedir, senão não conseguiria acordar cedo.
Durante a semana, acabei ligando pra Paula, pra dar continuidade ao papo e pra saber da perna dela.
Estava melhor, mas ainda de molho.
E voltamos ao assunto, as peripécias de Alice.

Soube que Alice falou pra ela, que fez festa no meu niver e eu nem saí do quarto, que nem abri os presentes.
Expliquei pra Paula, que o telefone fica no meu quarto e dia de niver todo mundo liga, ou seja, estava ao telefone recebendo e agradecendo as felicitações. E sobre os presentes, realmente não dei muita atenção, não porque não os queria ou os desprezei, mas porque Alice não aceitou a minha parte do dinheiro da viagem e estava desempregada também, e fez aquilo, ainda gastou dinheiro com presente. Chateie pq me preocupei com ela, e não comigo.
Paula me disse também que ela falou que na viagem, fiquei emburrada de canto e não me misturei.


Argh que raiva!!!
Também, expliquei que adoeci DE VERDADE após tê-la ajudado com a limpeza do quintal com wap por sete horas seguidas. Na viagem, não bebi, não gritei, não pulei, não joguei e roubei, não fiz graça. Estava com a garganta tapada de tanta infecção e queimando em febre. Falei também que a única pessoa que me fez companhia no local foi uma menina de 16 anos.

Nossa, que péssimo saber que ela nem se deu conta que adoeci por ajuda-la e fui na viagem para fazer companhia, e quem ficou sozinha fui eu.

Ana contou que Alice tinha comentado que nossa amizade estava estranha, que a gente mal conversava. Também, pra levar alfinetada ou pra ser chamada de estranha pq ela conhece tudo? Melhor ficar quieta.

Uma coisa aprendi na minha vida, você pode ter toda razão do mundo, até o momento que abrir a boca. Por esse motivo, fiquei calada.

Enfim, descobri que as mesmas coisas que Alice falava pra mim, indiretas, coices, ironias, sarcasmos, fazia com Paula também.

Segundo Paula, as pessoas pensavam que ela se afastou de Alice porque ela começou a namorar e que Paula estava com ciúmes. Pra dizer o português claro: que Paula estava com inveja.
Falei pra Paula que provavelmente pensavam isso de mim também, mas que eu não tinha ciúmes, afinal de contas, eu namorava, eu ficava e ela fazia 2 anos no mínimo que não ficava com ninguém. E que ela só aceitou namorar com José, porque o Marcio (menino da voz mansa) engravidou a outra moça e tinha casado.
Paula concordo em tudo.

Sei que após essa conversa, me senti muito mais leve. Agradeci demais à Paula, pois com a conversa tirei um peso enorme das minhas costas.
Até aquele momento, eu ainda me sentia de certa forma culpada pelo afastamento da amizade.
Por eu não ter sido mais paciente com ela e suas brincadeiras idiotas, por não ter corrido atrás para resolver o mal entendido, etc etc...


Depois que Tereza me contou que Alice a visitou e chorou muito por minha causa, aíííí que me senti mal, pois poderia procura-la e deixar meu orgulho de lado. Mas, todavia, entretando... quando descobri que ela fez a mesma coisa com Paula (indo chorar na casa de Rosa), desencanei...


Eu não era tão errada assim em me afastar. E descobrir tudo me fez mais leve.
Foi como Paula comentou: Ela jamais achava que Paula e eu fôssemos um dia nos aproximar e destrinchar toda história. Tanto é que, após Paula e eu começarmos a trocar recados no orkut, recebíamos visitas da nossa Alice, que não nos deixava nenhum recado e tentava aos poucos se aproximar de Paula.


Enfim, percebi que tudo o que fazemos, por mais que escondemos uma hora será descoberto. Nenhum comentário maledicente permanece escondido ou oculto por muito tempo.


Beijos

Brid/Vitória

;)