Pegue um cafezinho e fique à vontade

"Você acaba de entrar no meu blog, então, pegue uma xícara de café e fique à vontade pra rir das minhas loucuras e até dar palpite sobre elas. Afinal, não sou a dona da razão completa, apenas dona da minha razão absoluta. E tudo o que vier, será pra me ajudar"
"Há dois anos quando comecei o blog, a intenção era de criar um blog de emagrecimento. Com o tempo, descobri que melhor que emagrecer é poder desabafar. Então, continuando como diário e funcionando como psicanalista. A melhor maneira de viver bem é compartilhar seus medos, seus anseios, sua vida. Prefiro postar para desconhecidos e amigos, do que para conhecidos que se dizem amigos e que agem como inimigos";

domingo, 4 de abril de 2010

Decifrando amizade – Parte XVI – Pára o carro que ela vai a pé



Mesmo assim, com afastamento parcial, íamos juntas para o curso e voltávamos juntas. Sem problemas, só não havia mais tantos papos e nem as baladas.
Ela comentava que ia com a turma de sexta feira ao cinema sempre, ou comer algo, ou pra algum canto. Que ela tinha conhecido alguns meninos da mocidade e que a turma havia crescido.

Bom, como eu não tinha mais a companhia dela nos finais de semana, resolvi visitar uma amiga em Osasco. Eu ia no sábado e voltava no domingo para não perder as aulas.
E era o que eu fazia. Já que ficar em casa aos finais de semana era algo insuportável para mim, pois meus pais sempre arrumavam encrenca com vizinhos por causa de som, ou ficavam reclamando da vida ou falando dos outros. Como eu não gosto disso, era horrível ficar em casa, e eu corria para casa dessa amiga. Levava DVD’s e como ela também não estava numa situação boa, pois havia se separado, ficávamos em casa, vendo filme e conversando até o raiar do domingo.

Todos os domingos, Alice me ligava e avisava que estava de saída pro curso, que passava em minha casa ou para eu esperá-la em algum lugar. SEMPRE foi assim.

Acontece que num desses domingos, fui pra Osasco e não a avisei. Só que ao invés dela ligar em casa e falar com minha mãe, ou ligar no meu celular. Ela foi direto para minha casa. Minha mãe a atendeu e disse que eu não estava em casa, que estava em Osasco.

Quando cheguei ao curso, ela ainda não havia chegado.
Logo ouvi a voz dela respondendo a algum colega sobre mim: Não sei, ela não estava em casa, parece que foi visitar uma amiga.

Ela entrou na sala, cumprimentou a todos, inclusive a mim. Perguntou se estava tudo bem, eu disse que sim. E a aula seguiu.

No domingo seguinte, ela estava toda empolgada. Quando entrei no carro, ela já veio perguntar se havia novidades... eu disse que não. Após virarmos a primeira rua, ela disse: Ai, preciso te contar uma coisa. Estou desde segunda sem contar pra ninguém.
Eu, ‘mega interessada’: É, oq?
Ela: Ai, eu fiquei com o João.
Eu: que João?
Ela: Aquele da mocidade.
Eu: Não sei quem é.
Ela: Aquele que te falei que saía com a turma.
Eu: Ah, legal.
Ela: Ai menina, o povo marcou de ir ao cinema, mas ninguém foi. Quando cheguei só estava ele lá. Era combinado deles. Eu nem sabia. Aí, ficamos. Num sei no que vai dar, mas precisava contar pra alguém.
Eu: Que bom.

Como ela percebeu o meu total desinteresse sobre o assunto, não falou mais nada e nem eu.
Eu sabia que ela queria que eu perguntasse detalhes etc e tal, mas sinceramente, o que ela fazia ou deixava de fazer não me interessava mais, afinal não me excluiu das saídas? Então, me poupe.

E gente, coitada né, desde 2006 quando voltei a ter contato com ela e a sair que ela não tinha ficado com ninguém. Enquanto eu fiquei, namorei, peguei.. etc.

Mas, oras, vai contar pra suas amigas, porque conta pra mim? Pra saber que está tudo bem e que você está feliz, eu sirvo. Para saber realmente como estou, não há razão.
Lamento, foi o que eu pensei.

Enfim, a nossa rotina era essa, nos vermos apenas nos finais de semana e por uma única razão: os cursos.

No domingo seguinte a este, fui novamente pra casa da minha amiga e não a avisei. Como disse, ela sempre ligava quando saía de casa, avisando que ou passaria na minha casa e me pegava ou me pegara em algum lugar próximo.

Logo no domingo pela manha, recebi um torpedo: “Oi, vou direto para o curso”.
Como sempre, eu cheguei primeiro.
Quando ela chegou e cumprimentou as pessoas, falou pra mim: Oi, tudo bem? Desculpa não passa na sua casa...
Ai eu cortei: Ah, não tem problema, eu não estava em casa mesmo.
Ela: Ah é?
Eu: É.
Ela: Então, avisa, pra eu não fazer papel de besta e ir até lá se vc não está.
Eu: Ta bom.

Filha da mãe, ela falou isso alto, na frente de todos, dando a entender que eu estava errada. Ahhh, que raiva. Que merda que não pude responder a altura, pois estava num templo. Ela sempre ligou antes, senão ligou e deu com a cara no portão, problema dela, pois durante dois anos ligou. E na boa, eu nem fiz por mal, em não avisar. Pensei mesmo, que ela ligaria e minha mãe a avisaria.

Nossa, naquele momento meu sangue subiu, e durante as vibrações pedia a Deus proteção e calma pra não estourar.
Engoli a seco, e resolvi não ser orgulhosa e voltar com ela pra casa.
O curso terminou. Noite gelada de domingo. Local perigoso.
Quando saio na rua, está o irmão dela e esse João.
Eu subi a rua em direção ao carro dela.
Ela gritou: Espera aí.
Eu fiquei quieta e esperando ao lado do carro, conversando com uma amiga ao celular. Congelando de frio.

Ela e o irmão subiram. Cumprimentei-o.
Eles perguntaram se eu tinha alguma coisa. Respondi que não, que estava numa ligação.
A vontade que tive era de falar: Puta que pariu né, nesse frio e eu aqui congelando nessa rua perigosa, enquanto vocês estão batendo papo? Porra, podiam deixar a chave e eu entrava no carro.
Mas, Vivi, Vitória, ficou quieta.
Como o irmão dela, morava distante um pouco, pedi que me deixasse na avenida perto de casa, que não precisava me deixar em casa.
Tentei facilitar, pois realmente me deixar na avenida já quebrava um galho e tanto.
Aí começaram e falar que eu era chata etc e tal.
Ela perguntou algo sobre um casal da turma, onde a resposta era sim ou não. Eu respondi: Não.
Aí, ela toda sem graça, ah ta, obrigada.
E o silêncio dentro do carro.

Acabaram por me deixar em casa mesmo, agradeci e desejei uma ótima semana.

Eis o dia patético:
Próximo domingo.
Novamente fui pra casa da minha amiga, de lá, fui direto ao curso.
Já pensando em não voltar com ela.

Porém, dentro do templo... acredito que com auxilio dos anjos, algo me dizia pra não ser orgulhosa e aceitar. Afinal, seriamos somente nós duas.
Hora de ir embora.
Ela: Você vai comigo?
Eu: Vou.
Oras, pq perguntou se vou com ela, sempre fui.

Eu, com uma mochila pesada de roupas, sai do templo.
Fomos subindo a rua...

Cadê o carro dela????

Simplesmente o irmão dela, estava em pé ao lado de outro carro nos esperando.
Cumprimentei e entrei.
Era o carro do João – o carinha que ela beijou, que ficou, que ficava... enfim sei lá.

Ela falou: Você conhece o João?
Eu: Não.
Nos apresentou.
Estava um frio de 8ºC naquela noite, a garoa fina caía.

João e o irmão dela na frente, nós duas atrás. João deu a partida no carro.
Ela disse pro irmão: Ensina o caminho da casa dela pra ele.
Ele: ta
Eu: Não precisa me deixar em casa, pode me deixar na avenida que está bom.

(eu disse isso, pois o menino teria que me deixar em casa, pra depois deixar o irmão dela em casa, pra depois deixar ela em casa e ir embora. Me deixando na avenida, ajudava, pois seguia direto pra casa do irmão. E outra, ele não tinha a obrigação de me dar carona. Tanto que na hora que vi que não era o carro dela, quis falar: Não, não deixa que vou de ônibus )

Ela: Ta doida, nesse frio?
Eu: Ué, o que tem o frio demais? Nada a ver.
O Irmão dela: ah, fica quieta, nhenhenhenhem.
Ela: Ah, então, pára o carro que ela vai a pé, João.

Calmamente, peguei a alça da mochila e disse:
Pode parar, eu desço. Sem problema.

Ela: Olha só, ainda por cima é malcriada??!!!!!
Eu: Ué, é só parar, eu saio.

Pararam??? Claro que não.
Acho que todo mundo ficou sem graça, pois não esperavam a minha resposta... calma.
Acredito que ela pensava que eu não iria falar nada, como sempre fiz, mas na boa. Naquele momento me senti muito mal.
Só porque estava na companhia do amigo ou namorado, sei lá. Achava-se no direito de me tratar assim???
Expulsando-me.

Enfim, me deixaram em casa mesmo a contra gosto e com o coração despedaçado e a cara no chão.
Agradeci a carona, desejei boa semana a todos, enfiei a chave no portão, entrei e nem esperei eles fazerem o retorno, como sempre fiz, pra dar tchau e fechar o portão.

Fiquei passada, nervosa, com vontade de falar um monte, me senti humilhada...
Não precisava falar assim, por causa de uma carona. Eu nunca pedi, pensei que fazia por consideração.
Agora que estava namorando, queria me diminuir na frente dos outros?
Eu queria socar, mas chorei muito depois.

Brid/ Vitôria

2 comentários:

  1. Nossa que vaca ela hein...e depois oq aconteceu???Bjos

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  2. Foda amiga, é pq essa história não teve um fim... TEm coisa pela frente ainda!
    Aguarde!
    Amanhã prometo postar!!!
    nhhaaa... agora tô magrela e ela gorda, então, pensa... ferrou....
    Cenas para o proximo capitulo.

    Beijos Du, te adoro!!

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