Pegue um cafezinho e fique à vontade

"Você acaba de entrar no meu blog, então, pegue uma xícara de café e fique à vontade pra rir das minhas loucuras e até dar palpite sobre elas. Afinal, não sou a dona da razão completa, apenas dona da minha razão absoluta. E tudo o que vier, será pra me ajudar"
"Há dois anos quando comecei o blog, a intenção era de criar um blog de emagrecimento. Com o tempo, descobri que melhor que emagrecer é poder desabafar. Então, continuando como diário e funcionando como psicanalista. A melhor maneira de viver bem é compartilhar seus medos, seus anseios, sua vida. Prefiro postar para desconhecidos e amigos, do que para conhecidos que se dizem amigos e que agem como inimigos";

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Decifrando amizade - Parte IV - Vida agitada



O tempo foi passando e minha querida amiga conseguiu comprar um carro. (com o dinheiro da avó, que ela disse que pagava todo mês, mas que esses dias a mãe dela sem querer me contou que pegou o dinheiro da irmã e pagou todo)
Ela estava toda feliz, foi com o carro até a minha casa para me mostrar e tal. Até damos uma voltinha no bairro para eu ‘sentir’.
Poxa, claro que eu fiquei feliz por ela. É claro que sim, gente. Eu não tinha raiva dela, só não concordava com algumas coisas, mas isso não quer dizer que desejava mal.
Enfim, agora ela tinha carro para dar os roles com a turma.
E advinha para quê eu servia?


Bom, eu servia de companhia de ir e voltar do curso, para ela comentar o que fazia com a turma e também, eu servia para ajudar a fazer compras no supermercado.
Isso mesmo.
Um dia ela falou pra mim: vamos comigo no supermercado? Eu não quero ir sozinha com a minha mãe. Ela só reclama, estou cansada disso”.
Nem preciso dizer que eu fui né... pois é... digo: eu fui.
E na maioria das vezes, eu estava junto, empurrando carrinho, esperando fila do caixa, colocando compra dentro de carro. Levando pra casa, tirando do carro etc etc.
Esses eram os locais que íamos, supermercado, vinte e cinco de março, pet shop...
Eu ia sim, mas para fazer companhia, para ela não ir sozinha e isso nunca me incomodou. Sempre fui de coração aberto. E quantas e quantas vezes ia com ela levar a mãe ao trabalho.
Ela ganhou alguns ingressos para ir a um parque e me levou, mas eu paguei o estacionamento para não ficar às custas dela.

Ano passado consegui emprego! Uhuuuu, que maravilha.
Nossa, podem imaginar como eu fiquei feliz com a nova colocação no mercado de trabalho, não é?
Fiquei mesmo. Graças a Deus e a ajuda de uma ‘estranha’ consegui colocação. Depois de 2 anos e 2 meses sem trabalhar, consegui voltar a profissão. E detalhe: eu tinha passado em dois processos seletivos e pude escolher em qual empresa trabalhar.


Graças a Deus, nessa altura do campeonato contra a balança, eu já tinha emagrecido bem. Não tinha chegado ao manequim 38 como queria, mas estava entre o 40 e 42. Estava muito bom pra quem estava rumo ao manequim 48. Muitas roupas já entravam.
Foi quando comecei a trabalhar, que dei conta de que as roupas que eu tinha, e que depois de muito sacrifício entraram, estavam totalmente fora de moda e me deixavam com aparência de velha.
Então, peguei o restante de dinheiro que tinha no banco e comprei roupa, celular e sapato. Não muita coisa, mas dava para montar looks diferentes com as mesmas peças. (A vida e o aperto financeiro ensina a gente a se virar).
Pintei o cabelo... enfim, foi o começo da mudança total.

Emprego novo, outras preocupações, tempo preenchido com utilidade... e deixei de encanar com as coisas de antes.
Trabalhando, eu não tinha como comer o tempo todo e nem dormir à tarde... então, o emagrecimento veio naturalmente.
Após, um mês de emprego, fiz escova progressiva. E uma semana depois, cortei curtinho o cabelo, um corte super fashion.
A cara que ela fez quando viu. “Nossa ficou linda!”, “Ai também quero”... Nem preciso dizer que dei a progressiva para ela, não é? Pois é... dei.

Nos três primeiros meses, não deu para fazer muita coisa, pois eu tinha muitas pendências. Imaginem quantas coisas em dois anos deixei de fazer por falta de dinheiro. Então, aos poucos coloquei a ‘casa’ em ordem.

Depois que comecei a trabalhar, notei a diferença do tratamento comigo... tanto em casa, quanto com Alice.
Em casa, parecia que eu tinha virado ‘gente’ da noite pro dia. E com Alice... Bem, ela questionava, doida pra saber como era o emprego, como eram as coisas.... e toda animada para o meu lado.
Alice começou a me chamar para sair. E como eu estava cansada com a nova rotina e não tinha saco para agüentar as piadas dela e a chatice dos amigos, sempre dizia que não dava.

Como estava trabalhando, comecei a conhecer outras pessoas. Oras, minha profissão é lidar com o publico, e não demorou muito para eu começar a ser notada.
Começaram os xavecos... e assim, conheci Luciano. (aquele das flores que eu contei algum tempo)... em seguida teve a festa à fantasia onde conheci Gustavo (que também já relatei aqui no blog).
Na festa à fantasia, fui com ela, dançamos, nos divertimos e tal.
Pronto, daí por diante, ela deixou a turma de lado, comentando que eles eram desanimados, chatos e que só queriam fazer o que tinham vontade e ela, resignada, sempre aceitava... então, começou a me chamar pra sair.

E começamos a sair todo fim de semana, sem falhar um. Menstruação e cólica de matar não me faziam ficar em casa não!
Eu simplesmente não parava um dia em casa, e todos os dias, absolutamente todos... eu acordava cedo. Com balada ou não.
De segunda a sexta-feira para o trabalho, sábado para o meu tratamento e domingo para o trabalho voluntário.
Nem que eu chegasse em casa as cinco da manhã, às sete horas estava de pé pra sair novamente, seja para o tratamento, seja para o trabalho voluntário.

Eu já não sabia o que era dormir até tarde e não tinha mais tempo para nada. Minha vida mudou da água pro vinho.
Balada, bebidas, gatos, beijo na boca, amasso, dança, torpedos, telefone tocando, e-mails, orkut, msn, trabalho, flores, chocolates, trabalho, cinema, shopping, roupa, sapato, maquiagem, cabeleireiro, diretor, palestras, Deus, amor, auxílio, emoção, xaveco, fé, beijo na boca, madrugada, chuva, sol, frio, rua, transito, carro, ônibus lotado, pé com bolhas, cansaço, preguiça, balada, amigos, remédios, dietas, colegas, desejo, emprego, dinheiro, gastar, unha, cabelo, depilação, comprar, ter e SER. Essa passou a ser a minha vida.

Minha casa só servia para tomar banho e dormir, pois não tinha como parar em casa. era muita agitação.

E foi, então, que Alice conheceu como eu era sem a depressão, com emprego e com dinheiro para poder me bancar. Saindo direto, com ou sem ela. Ficando com dois caras ao mesmo tempo e tendo outros atrás seja por telefone, e-mail, msn, torpedo, orkut... enfim...
Não que eu era a gostosa não, mas é que eu tinha saído de casa e deixado o mundo me notar e ver que eu estava VIVA!

Então, no auge novamente... e feliz!

E logo os comentários, sarcasmos, piadinhas, alfinetadas, ironias surgiram...



Continua...

2 comentários:

  1. Oi flor é primeira vez que passo aqui e adorei teu blog
    Garanto que estarei sempre a visitar ^^
    Espero sua visita no meu blog Também.
    BJKsss XAU =]
    http://konttosdesofy.blogspot.com/

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  2. existem pessoas q nao sabem ver a felicidade alheia! fiko ansiosa esperando vc digitar a continuação dessa historia! beijos gata!!!

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